Saturday, June 24, 2006

Gráficos, Tabelas e Mapas

O uso de gráficos e tabelas como instrumentos de demonstração e facilitadores de compreensão é mínimo nas ciências políticas e sociais brasileiras. Não obstante, gráficos ajudam muito tanto em aulas, apresentações em seminários e conferências etc, quanto em trabalhos escritos. Um precursor de tremenda criatividade foi Minard (Charles Joseph Minard, 1781-1870).

Abaixo um estudo que tenta (será que consegue?) dar uma pequena melhorada em Minard usando os recursos técnicos de hoje: é só clicar aqui. O estudo inclui o gráfico original de Minard e algumas modificações.

Para começar, nada melhor do que conselhos dos mais experientes. Clique aqui para uma boa introdução do tipo "o que fazer" e "o que não fazer". O trabalho é de Jon Peltier.

O uso de gráficos nas ciências políticas e sociais é discutido nas associações. Clique aqui para ver o programa da Fifth International Conference on Social Science Methodology, de 3 a 6 de outubro de 2000. A reunião teve lugar no Zentralarchiv fur Empirische Forschung, Colonia, Alemanha.

Vejam, abaixo, a representação do fluxo mundial de comércio de 1994
http://www.math.yorku.ca/SCS/Gallery/images/m22n.jpg

que é parte de um estudo de Lothar Krempel e Thomas Plümper que pode ser visto aqui . Esses autores usam um modelo que chamam de "gravitacional simples" para descrever e analisar o comércio internacional. Um exercício em criatividade é pensar na aplicação deste modelo a outras áreas de interesse na sua disciplina. Michael Friendly é um estudioso das apresentações gráficas e sua coleção de bright ideas merece uma rápida espiada.
Friendly não se limita aos aplausos: tem críticas também. Tem uma coleção chamada
The Lie Factor com exemplos de gráficos mal-intencionados. Vale a pena ver em http://www.math.yorku.ca/SCS/Gallery/
O uso de gráficos relacionais para mostrar as associações entre a família Bush, magnatas sauditas e Osama bin Laden
, originalmente em Mark Lombardi: Network Diagrams of Conspiracy é uma obra de arte e um trabalho de detetive.

Tabelas. As tabelas são mais comuns no Brasil do que os gráficos, mas os autores incidem em muitos erros de apresentação. Erros e virtudes (para principiantes e nem tão principiantes) estão bem descritos aqui. Gary Klass da Illinois State University reuniu excelentes exemplos numa página ainda não terminada.